sexta-feira, 9 de outubro de 2009

IV – Suportes.

Já se apresentou o livro. Em particular o livro de bolso, popular, ou Miniatura (como nomenclado numa colecção da Livros do Brasil). O livro geral, generalizado e apto a satisfazer leitores vastos e diversificados. Já se disse igualmente que se o inicio desta baliza cronológica tinha como marca os Magazines e Almanaques (da Bertrand, muito em especial), faltou referir o objecto como um todo.

Quando se fala em múltiplos, por norma temos presentes apenas as questões da gravura, da serigrafia ou outras produções similares que as evoluções tecnológicas permitiram, quanto à impressão e reprodução. Porém, num mesmo continuar, os livros são múltiplos. Se ao livro se adicionar a referida ilustração, de capa ou interior, cada uma dessas pequenas obras gráficas será igualmente “múltiplo”. Ou seja, nada as desconfigura enquanto produção artística. É certo que a multiplicidade destes casos, na ordem dos milhares, as mais das vezes, contribui para que não apenas se conheçam mais exemplares como, muito directamente, se não atribua ao “comum”, valor intrínseco. Adicionando-se a este ponto, a já aludida falta de visibilidade nos circuitos artísticos em si mesmos (para a generalidade das ilustrações que se apresenta) condiciona ou impede a leitura do tal elemento “arte”. No entanto, faça-se nota de que, a maioria das obras-livro possui ilustrações realizadas especificamente para o fim em causa. Usando uma terminologia corrente em termos artísticos: são originais. E a obra-livro será igualmente um original artístico, “por múltiplo” que seja.

Resta uma pequena nota: pelo facto de serem objectos circuláveis e não tão raros quanto isso, o cuidado com que se procedia ao seu manuseio levaram, em muitos casos a que a destruição do livro – neste caso – se proporcionasse com alguma frequência. Seria uma questão de atitude e eventualmente “respeito”, para com a obra.

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